segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Estão a chegar as ameaças kafkianas


Narciso Miranda chamou José Sócrates a pronunciar-se sobre o processo de expulsão que enfrenta no PS/Porto e, especificamente, sobre o que considera ter sido uma violação dos estatutos cometida por alguns dirigentes quando avançaram com a candidatura liderada por Guilherme Pinto em Matosinhos, sem que fosse votada nos órgãos próprios.

Narciso faz apelo ao secretário-geral que hoje tomou posse no governo socialista, que diga uma palavra sobre este descalabro e desafiou-o mais do que uma vez. O autarca, que fala em dois pesos e duas medidas e alega que, se a questão é estatutária, então quem geriu a candidatura do PS também deve ser expulso por inobservância dos estatutos.

Lembramos que cabe à Comissão Nacional de Jurisdição decidir sobre estas matérias e Narciso Miranda aponta Luísa Salgueiro que pertence a este órgão e também esteve na reunião da Concelhia onde os estatutos foram grosseiramente feridos. Ou seja, foi conivente.

Os militantes que apoiaram o candidato Narciso Miranda, já começaram a receber por carta registada a sua futura expulsão. É de recordar e amargamente lamentar, que a ditadura voltou. Assunto que terá muito por onde esmiuçar, deixando a democracia em banho Maria…

Narciso tem a sua opinião e a seu ver, a tentativa de o afastar por ter sido candidato independente à Câmara é uma questão meramente "política". E de divergência, não de dissidência.

Como já foi noticiado, Renato Sampaio entregou o processo na Comissão Federativa de Jurisdição, após Guilherme Pinto, líder concelhio, ter enviado 89 nomes.
Que cobardola, quando foi ele o primeiro a prevaricar e a não respeitar os estatutos que só têm validade para os lobbies do partido.

No entanto o recém-eleito vereador critica as atitudes inquisitórias que apontam para eventuais condenações por delito de opinião. E fala de um processo kafkiano, capcioso e insidioso, por já ser alvo de uma condenação pública, feito de forma "traiçoeira", marcado pela calúnia fácil e que visa "uma purga".

Por outro lado, denuncia a sede de vingança. "Já tentaram condenar-me à morte política e aqui estou", atirou, garantindo que não afrontou o PS e que não irá desfilar-se.

Uma certeza, os militantes não vão ficar calados, muito menos parados.

Assim pensamos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Só para relembrar que as REGRAS eram conhecidas antes de o jogo começar. Não venham agora com ar de coitadinhos dizer que não querem se expulsos e que foram sempre do PS. relembro num lançamento de uma candidatura antes da eleições legislativas, o mesmo afirmou que para estas não interessa em quem votam mas as proxima devem votar em mim.
TN