Nesta vida que nada nos almeja de bom, acresce ainda a hipocrisia do Ser.
O Ser, “homem” de facetas múltiplas, escorreito nas palavras e de influências várias, nada mais é que um Ser.
E, aí é que surge o busílis da questão. O facto de o Ser ter facetas múltiplas, torna-o imprevisível, inconstante, por que não dize-lo, “não recomendável”.
Falar de condição humana não é fácil. O Ser, por norma, é inconstante. É mutável.
A inconstância permite ter a “capacidade” de prescindir do seu “eu”, da sua personalidade e da sua maneira de pensar e de agir. Tudo isto em “troco” de algo ou de alguém.
O hipócrita, é aquele Ser que está sempre de faca na mão à procura do próximo alvo. E se a faca é sempre a mesma, os alvos vão variando conforme os interesses.
Amigo dele próprio, diz-se muito amigo dos outros. É o requisito chave para os hipócritas.
Será um reflexo da nossa sociedade? Sinceramente não me parece, parece-me mais um reflexo da personalidade de cada um.
Num mundo cada vez mais egoísta, sobressaem os hipócritas. Palmadinha daqui, palmadinha dali e assim vão levando a água ao seu moinho. Normalmente conflituosos, julgam-se senhores de toda a razão e mais alguma. Movimentam-se na chafurdice que nem porcos, é o seu habitat natural.
Amizade, solidariedade, cumplicidade, respeito e compreensão, são palavras estranhas que não podem entrar ao serviço.
De vez em quando faz bem “falar” nisto. Perdemo-nos muitas vezes em fait divers, e não temos a capacidade de olhar bem à nossa volta.
Fica o desabafo…
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
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