segunda-feira, 1 de março de 2010

A razão do Alberto João.

Aos jornalistas que têm na sua folha de pagamentos, Alberto João Jardim costuma dirigir-se com a soberba com que os velhos senhores da terra se dirigiam aos mais pobres dos seus labregos. Aos outros jornalistas, aqueles que pressente poder não controlar, reage como um animal acossado, sempre pronto a soltar mais um insulto... a arma mais poderosa que a sua “córagem” lhe permite usar contra aqueles que não dependem do seu poderzinho regional mas absoluto.


É assim que se explica o eriçar de pelos do cachaço, sempre que, por estes dias, alguém ousou tocar no assunto do ordenamento do território, ou do melhor ou pior acerto do planeamento, estudo, localização e execução desta ou daquela obra.
A indiscutível normalidade do facto de os seres humanos cometerem erros, nomeadamente contra a Natureza, erros que, no próximo acidente natural que ocorra acabam por amplificar os resultados normais desses acidentes, constitui para ele uma ofensa.
A indiscutível normalidade do facto de a maioria dos seres humanos que erram, reflectirem e aprenderem com esses erros, corrigindo-os sempre que a oportunidade se apresentar, é um conceito que lhe é completamente alheio.
Só assim se explica que esteja convencido de que fez tudo bem e decidido a reconstruir tudo como era, que anuncie «aqui vai ser um novo túnel», ou «aqui vai-se abrir uma nova estrada»... tendo como único estudo para apoiar essas decisões o facto de ter apontado o dedo “para lá” à frente das câmaras das televisões.

Numa reportagem televisiva foi convidado (em tom elogioso) a explicar o grande avanço dos trabalhos de “lavagem de cara” do Funchal. Quando podia ter justificado a prioridade que foi dada ao bem estar dos turistas sobre tudo o resto, quando podia ter aproveitado para fazer o elogio certo aos portugueses da Madeira, falando, por exemplo, da sua coragem, abnegação, força de trabalho, solidariedade e, em muitos casos empenho para lá do “estrito dever”, como é o caso dos trabalhadores autárquicos e outros funcionários e voluntários, que há vários dias se entregam ao trabalho praticamente sem parar, quando podia ter feito isto, como dizia, desgraçadamente, deixou escapar das traseiras do córtex cerebral onde deve ter armazenadas estas velhas “informações” caudilho-fascistas, um lacónico e arrogante: «O povo da Madeira é um povo superior!»

Não é! O povo português, incluindo o da Madeira, não é um povo superior. O povo português, incluindo o da Madeira, é tudo o que já escrevi atrás e mais o que a minha pouca arte não sabe contar, mas... na verdade nenhum povo é superior.

Há, infelizmente, povos que em períodos da sua História são dirigidos e “representados” por dirigentes inferiores... e desses sim, conhecemos muitos!

Como se não bastasse, impelido pelo vento de glória fácil que a desgraça dos outros, aliada ao seu abjecto populismo e demagogia lhe trará, já está disposto a repensar a sua permanência no governo por mais uns tempos para além de 2011.

Num terramoto, isto seria o equivalente a uma violenta “réplica”.

1 comentário:

Anónimo disse...

O Alberto João faz-me lembrar o nosso amigo e poeta Guilherme Pinto.

O tal que não permite que os jornais do concelho digam mal do seu trabalho

O tal que quando se questiona sobre algum assunto diz que é pura fantasia..


Olhem o caso do plano de urbanização de cabanelas. O tal a ser construido pela FDO e que empregou um grande número de funcionários camarários e exteriores à autarquia.

Veja-se o caso da arquitecta ana paula petiz mulher do director do urbanismo e que é a autora do referido projecto.

Veja-se também o seu marido o Arquitecto Luís Miranda e que por sinal é o director do urbanismo

Agora juntem a Engenheira Olga Maia responsável pela MATOSINHOS HABIT.

E agora juntem o cabecilha o famoso GUILHERME PINTO...

Mas na opinião do Guilherme Pinto é tudo fantasia e ficção... os negócios imobiliários no concelho não são nada familiares.