Nota prévia 1: Quero aqui confessar que não nutro grande simpatia por alguns dos posicionamentos dos pilotos da TAP. Mesmo tendo noção de que as qualificações e responsabilidades de um piloto de uma linha comercial são muito diversas das que são exigidas a um funcionário encarregado do transporte das bagagens, mesmo assim, quando alguém que já ganha 5.000 euros desencadeia uma guerra por uma diferença de uns poucos euros entre o que lhe é proposto e aquilo que exige, a minha solidariedade tende a “divagar”...
Nota prévia 2: Já não será esta a primeira vez que digo estar convencido de que a vinda de brasileiros aos milhares para Portugal, foi uma coisa boa. Porque são gente de bem, que faz o que pode pela sua vida, dos filhos, da família que lá deixou; porque alegram os nossos ouvidos com a música contagiante do seu “pórtuguêis”... etc., etc., etc.
Dito isto, claro que há excepções, tanto nas greves dos pilotos, como nos brasileiros que nos tocam. Em relação a estes últimos, desenvolvi uma alergia muito especial a um certo tipo de igrejas "tipo Universal", de que o bispo Edir Macedo é o símbolo máximo, aos gangs de traficantes que se mudaram de armas (literalmente) e bagagens para a Costa de Caparica (e não só) e do paspalho que preside aos destinos da TAP, um tal Fernando Pinto. É evidente que não sou alérgico a todos estes espécimes por serem brasileiros, mas sim por serem o que são: os primeiros, simples ninhos de vigaristas; os segundos, vulgares assassinos e o último, um aldrabão sobreavaliado, principescamente pago e, principalmente, um fascistóide... o que fecha o círculo do que escrevi até aqui, para nos deixar na TAP.
Há dias, perante a ameaça de mais uma greve na companhia aérea, Fernando Pinto, talvez porque a sua missão ali já se limite a criar as condições de caos social e laboral que “justifiquem” a rápida privatização da empresa, lançou gasolina na fogueira da luta laboral, com uma provocação em tom arruaceiro e ultra-reaccionário, dizendo que as greves eram uma coisa do século passado... isto entre outras baboseiras.
Agora, aparece uma convocatória por mail anónimo, mobilizando os trabalhadores da TAP para se manifestarem contra os pilotos e a elite, acusando-os de tudo e mais alguma coisa, apelando ao pior de um certo tipo de trabalhadores, aqueles que se alimentam de inveja, despeito, ignorância, ódio pelos sindicatos, desprezo pela política. Fá-lo num texto em que parece estar a defender interesses legítimos de alguns trabalhadores, mas a linguagem fascistóide perita em provocações divisionistas, denuncia fatalmente a possível origem do documento.
Não vou ao ponto de dizer que é um texto saído do ministério da tutela, ou das mãos de um qualquer rafeiro da administração... mas ficar a pensar nisso, fico.
E você?
sábado, 20 de março de 2010
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