Há casos assim.
A coisa bem podia passar despercebida. Bastava que a “informação” corresse apenas internamente. Bem sei que há sempre fugas de informação. Mas fugas destas, a ocorrerem, beneficiariam exactamente a outra parte: aquela que está sempre a perder…mesmo antes de entrar em campo.
E fugas destas não acontecem todos os dias!…
Ficamos a saber pelas vias do costume, que «a Direcção Nacional da PSP estabeleceu números mínimos de multas, detenções, viaturas a bloquear e a rebocar, operações Stop, entre outras actividades, que devem ser atingidos pelos comandos de todo o País». A dita Direcção Nacional acha que é a uma maneira aceitável de aferir a eficácia operacional dos diversos serviços. Como seria de esperar, os polícias, que são os que vão estar na rua enfrentando a desconfiança dos cidadãos sobre se estão ou não a esforçar-se por preencher os mínimos, estão contra.
É uma directiva tão aparvalhada que nem vale a pena fazerem-se grandes comentários. Nem rirmo-nos, nem escandalizarmo-nos exageradamente, nem gozar com os senhores que devem ser todos, pelo menos, Generais.
Apenas me ocorre, em legítima defesa, andar menos de automóvel sempre que se aproximar o fim do mês e os polícias estiverem sob pressão para encher as “folhas de obra”.
Imagine-se que quem mando no Instituto de Medicina Legal decreta uma medida igual a esta!
Onde é que os pobres funcionários das morgues iriam buscar “material” nos meses em que a coisa esteja mais parada? O que é que seriam obrigados a fazer?
sexta-feira, 16 de abril de 2010
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