Desta vez foram os suínos os agentes intermediários.
Graças a eles os verdadeiros, outros suínos enriqueceram à nossa custa.
Segundo as próprias palavras de Francisco George, o nosso empenhado director geral da Saúde, o vírus H1N1, da famosa gripe A, a tal que, segundo os crédulos meios de comunicação social e autoridades de saúde internacionais, iria dizimar quase um terço da população mundial, «eclipsou-se».
Mas, nem tudo foi mau.
Os donos dos laboratórios e as empresas farmacêuticas, que convenceram essas autoridades e os media a espalharem o pânico em todo o mundo, “forçando” os governos a comprar milhões, muitos milhões de vacinas para além daquelas que eram efectivamente necessárias, esses fizeram fortunas gigantescas... que levarão imenso tempo a eclipsar-se.
domingo, 28 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
Desemprego, que é lá isso? O pessoal é que não quer trabalhar...
«Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade». Esta frase é atribuída a Joseph Goebbels, o homem da propaganda de Adolf Hitler.
A técnica tem tudo para resultar. As pessoas, na sua maioria, fixam apenas as frases de grande efeito, as parangonas dos jornais, as aberturas dos telejornais e, regra geral, dão muito maior crédito a um boato do que a um debate de ideias. Repetir uma mentira mil vezes é a forma ideal de criar o clima propício para uma quantidade de coisas que pareceriam improváveis, como "justificar" o extermínio dos judeus e a invasão de países soberanos. Ainda há bem pouco tempo assistimos a este fenómeno, com a “criação mediática” das armas de destruição massiva do Iraque.
Os nossos tristes aprendizes de Goebbels, do alto da sua extensa mediocridade, não querem exterminar judeus nem invadir nenhum país. Não. Os “socialistas” que nos governam querem apenas criar as condições que permitam justificar (entre muitas outras coisas) os cortes nos subsídios de desemprego. Segundo a sua teoria, os trabalhadores desempregados, se não receberem subsídio, ou se este for substancialmente cortado, serão forçados pela fome a procurar emprego. Só que ninguém sabe bem que empregos são esses e a "teoria" não passa de uma canalhice, servindo apenas para poupar uns euros que irão pagar as mordomias de outros... que bem conhecemos. Trata-se, como sempre têm feito, de tirar a muitos para entregar a poucos.
Como num universo de mais de 600.000 desempregados, o número que há uns dias decidiram inventar, os tais 13 mil empregos que os desempregados alegadamente rejeitavam, era demasiado ridículo, os nossos “goebbelzinhos” decidiram subir a parada e o tom da provocação feita aos trabalhadores. Agora, apenas alguns dias passados, os tais empregos que ninguém quer aumentaram como que por milagre para 58 mil.
Não adianta dizermos que o subsídio de desemprego é um direito e não um favor. Não adianta sabermos que muitos destes “empregos” que alguns “empresários” dizem que têm para dar e ninguém quer aceitar, não passam de conversa fiada e de sucedâneos da frase fascista «para quem quer trabalhar, há sempre trabalho». Não adianta denunciar o facto de uma grande parte destes supostos “empregos” não passarem de trabalho precário, ou simples burlas em que os trabalhadores serão enganados durante umas semanas e a seguir descartados, quantas vezes sem chegarem sequer a ser pagos. Não adianta apontar os milhares de portugueses que optam pela emigração, em número que já iguala o "êxodo" dos anos sessenta do século passado, como exemplo de quem quer trabalhar.
Não adianta desmascarar o facto de ao patronato interessar exactamente este clima: um mar de desempregados a quem podem oferecer “empregos” precários e mal pagos... ainda por cima com o respaldo do Governo.
De nada adianta, porque aos governantes do partido que ainda tem o descaramento de se denominar socialista, o que interessa é criar o clima que obrigue os desempregados a aceitar seja o que for, aonde for, por que preço for. Para isso basta que os “pequenos goebbels” da propaganda repitam mil vezes a mentira de que os desempregados, afinal, não querem trabalhar.
É o bastante para colocar trabalhadores ainda com emprego contra trabalhadores desempregados, numa manobra política abjecta, ainda por cima executada por uma "sindicalista" com cara de sonsa, que enverga vergonhosamente o título de Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social.
A técnica tem tudo para resultar. As pessoas, na sua maioria, fixam apenas as frases de grande efeito, as parangonas dos jornais, as aberturas dos telejornais e, regra geral, dão muito maior crédito a um boato do que a um debate de ideias. Repetir uma mentira mil vezes é a forma ideal de criar o clima propício para uma quantidade de coisas que pareceriam improváveis, como "justificar" o extermínio dos judeus e a invasão de países soberanos. Ainda há bem pouco tempo assistimos a este fenómeno, com a “criação mediática” das armas de destruição massiva do Iraque.
Os nossos tristes aprendizes de Goebbels, do alto da sua extensa mediocridade, não querem exterminar judeus nem invadir nenhum país. Não. Os “socialistas” que nos governam querem apenas criar as condições que permitam justificar (entre muitas outras coisas) os cortes nos subsídios de desemprego. Segundo a sua teoria, os trabalhadores desempregados, se não receberem subsídio, ou se este for substancialmente cortado, serão forçados pela fome a procurar emprego. Só que ninguém sabe bem que empregos são esses e a "teoria" não passa de uma canalhice, servindo apenas para poupar uns euros que irão pagar as mordomias de outros... que bem conhecemos. Trata-se, como sempre têm feito, de tirar a muitos para entregar a poucos.
Como num universo de mais de 600.000 desempregados, o número que há uns dias decidiram inventar, os tais 13 mil empregos que os desempregados alegadamente rejeitavam, era demasiado ridículo, os nossos “goebbelzinhos” decidiram subir a parada e o tom da provocação feita aos trabalhadores. Agora, apenas alguns dias passados, os tais empregos que ninguém quer aumentaram como que por milagre para 58 mil.
Não adianta dizermos que o subsídio de desemprego é um direito e não um favor. Não adianta sabermos que muitos destes “empregos” que alguns “empresários” dizem que têm para dar e ninguém quer aceitar, não passam de conversa fiada e de sucedâneos da frase fascista «para quem quer trabalhar, há sempre trabalho». Não adianta denunciar o facto de uma grande parte destes supostos “empregos” não passarem de trabalho precário, ou simples burlas em que os trabalhadores serão enganados durante umas semanas e a seguir descartados, quantas vezes sem chegarem sequer a ser pagos. Não adianta apontar os milhares de portugueses que optam pela emigração, em número que já iguala o "êxodo" dos anos sessenta do século passado, como exemplo de quem quer trabalhar.
Não adianta desmascarar o facto de ao patronato interessar exactamente este clima: um mar de desempregados a quem podem oferecer “empregos” precários e mal pagos... ainda por cima com o respaldo do Governo.
De nada adianta, porque aos governantes do partido que ainda tem o descaramento de se denominar socialista, o que interessa é criar o clima que obrigue os desempregados a aceitar seja o que for, aonde for, por que preço for. Para isso basta que os “pequenos goebbels” da propaganda repitam mil vezes a mentira de que os desempregados, afinal, não querem trabalhar.
É o bastante para colocar trabalhadores ainda com emprego contra trabalhadores desempregados, numa manobra política abjecta, ainda por cima executada por uma "sindicalista" com cara de sonsa, que enverga vergonhosamente o título de Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social.
terça-feira, 23 de março de 2010
A anedota é a mesma; os protagonistas são outros.Mas bem conhecidos...
Contava-se assim a anedota nas bancadas do Dragão, na época em que o F. C. Porto arrasava fora e dentro:
“Quantos benfiquistas são precisos para mudar uma lâmpada?”
A adaptação evidente da batida piada para o nosso primeiro-ministro é:
- Quantos Sócrates são precisos para mudar uma lâmpada?
- Um. Enquanto este segura a lâmpada o mundo todo gira em volta dele...
Eu explico:
O mundo pode estar a arder, a terra a tremer, as pontes a desmorenar e os túneis a colapsar que toda e qualquer pergunta que se lhe faça sobre o assunto só tem, segundo o próprio, um objectivo:
Insultá-lo ou atacá-lo pessoalmente.
Mais ainda:
A esses modernismos, tipo Comissões Parlamentares de Inquérito, nem dirige a palavra, pois só responde no Parlamento, onde vai de 15 em 15 dias.
Sinceramente... depois de tantas provas dadas, alguém ainda esperaria outra resposta deste PM, que fosse, sei lá, menos demagógica, arrogante... e mentirosa?
E Vieira da Silva, solícito e ainda mais socrista que o cujo, segundo o DN, regouga assim:
«Não vi ninguém, com provas, acusar o PM».
Ceguinho...
sábado, 20 de março de 2010
No ar não andam só os aviões...
Nota prévia 1: Quero aqui confessar que não nutro grande simpatia por alguns dos posicionamentos dos pilotos da TAP. Mesmo tendo noção de que as qualificações e responsabilidades de um piloto de uma linha comercial são muito diversas das que são exigidas a um funcionário encarregado do transporte das bagagens, mesmo assim, quando alguém que já ganha 5.000 euros desencadeia uma guerra por uma diferença de uns poucos euros entre o que lhe é proposto e aquilo que exige, a minha solidariedade tende a “divagar”...
Nota prévia 2: Já não será esta a primeira vez que digo estar convencido de que a vinda de brasileiros aos milhares para Portugal, foi uma coisa boa. Porque são gente de bem, que faz o que pode pela sua vida, dos filhos, da família que lá deixou; porque alegram os nossos ouvidos com a música contagiante do seu “pórtuguêis”... etc., etc., etc.
Dito isto, claro que há excepções, tanto nas greves dos pilotos, como nos brasileiros que nos tocam. Em relação a estes últimos, desenvolvi uma alergia muito especial a um certo tipo de igrejas "tipo Universal", de que o bispo Edir Macedo é o símbolo máximo, aos gangs de traficantes que se mudaram de armas (literalmente) e bagagens para a Costa de Caparica (e não só) e do paspalho que preside aos destinos da TAP, um tal Fernando Pinto. É evidente que não sou alérgico a todos estes espécimes por serem brasileiros, mas sim por serem o que são: os primeiros, simples ninhos de vigaristas; os segundos, vulgares assassinos e o último, um aldrabão sobreavaliado, principescamente pago e, principalmente, um fascistóide... o que fecha o círculo do que escrevi até aqui, para nos deixar na TAP.
Há dias, perante a ameaça de mais uma greve na companhia aérea, Fernando Pinto, talvez porque a sua missão ali já se limite a criar as condições de caos social e laboral que “justifiquem” a rápida privatização da empresa, lançou gasolina na fogueira da luta laboral, com uma provocação em tom arruaceiro e ultra-reaccionário, dizendo que as greves eram uma coisa do século passado... isto entre outras baboseiras.
Agora, aparece uma convocatória por mail anónimo, mobilizando os trabalhadores da TAP para se manifestarem contra os pilotos e a elite, acusando-os de tudo e mais alguma coisa, apelando ao pior de um certo tipo de trabalhadores, aqueles que se alimentam de inveja, despeito, ignorância, ódio pelos sindicatos, desprezo pela política. Fá-lo num texto em que parece estar a defender interesses legítimos de alguns trabalhadores, mas a linguagem fascistóide perita em provocações divisionistas, denuncia fatalmente a possível origem do documento.
Não vou ao ponto de dizer que é um texto saído do ministério da tutela, ou das mãos de um qualquer rafeiro da administração... mas ficar a pensar nisso, fico.
E você?
Nota prévia 2: Já não será esta a primeira vez que digo estar convencido de que a vinda de brasileiros aos milhares para Portugal, foi uma coisa boa. Porque são gente de bem, que faz o que pode pela sua vida, dos filhos, da família que lá deixou; porque alegram os nossos ouvidos com a música contagiante do seu “pórtuguêis”... etc., etc., etc.
Dito isto, claro que há excepções, tanto nas greves dos pilotos, como nos brasileiros que nos tocam. Em relação a estes últimos, desenvolvi uma alergia muito especial a um certo tipo de igrejas "tipo Universal", de que o bispo Edir Macedo é o símbolo máximo, aos gangs de traficantes que se mudaram de armas (literalmente) e bagagens para a Costa de Caparica (e não só) e do paspalho que preside aos destinos da TAP, um tal Fernando Pinto. É evidente que não sou alérgico a todos estes espécimes por serem brasileiros, mas sim por serem o que são: os primeiros, simples ninhos de vigaristas; os segundos, vulgares assassinos e o último, um aldrabão sobreavaliado, principescamente pago e, principalmente, um fascistóide... o que fecha o círculo do que escrevi até aqui, para nos deixar na TAP.
Há dias, perante a ameaça de mais uma greve na companhia aérea, Fernando Pinto, talvez porque a sua missão ali já se limite a criar as condições de caos social e laboral que “justifiquem” a rápida privatização da empresa, lançou gasolina na fogueira da luta laboral, com uma provocação em tom arruaceiro e ultra-reaccionário, dizendo que as greves eram uma coisa do século passado... isto entre outras baboseiras.
Agora, aparece uma convocatória por mail anónimo, mobilizando os trabalhadores da TAP para se manifestarem contra os pilotos e a elite, acusando-os de tudo e mais alguma coisa, apelando ao pior de um certo tipo de trabalhadores, aqueles que se alimentam de inveja, despeito, ignorância, ódio pelos sindicatos, desprezo pela política. Fá-lo num texto em que parece estar a defender interesses legítimos de alguns trabalhadores, mas a linguagem fascistóide perita em provocações divisionistas, denuncia fatalmente a possível origem do documento.
Não vou ao ponto de dizer que é um texto saído do ministério da tutela, ou das mãos de um qualquer rafeiro da administração... mas ficar a pensar nisso, fico.
E você?
segunda-feira, 15 de março de 2010
Laranjas com rolha. Onde já se viu isso?
Uma nota prévia apenas para dizer que apesar de entender as razões pessoais que levam Santana Lopes a propor, defender e fazer aprovar em Congresso uma “lei da rolha” que proíbe os militantes social-democratas de discordarem publicamente do partido e atacarem o líder, dois meses antes de actos eleitorais, sob pena que pode ir até à expulsão e da espessa estupidez e vasto preconceito político que levaram uma jornalista a dizer-lhe «mas nem o PCP tem isso escrito»... apesar de tudo isso, como dizia, pago para ver aquele saco de gatos, durante dois meses antes de eleições, com todos eles lá dentro, unidos, cordiais e cheios de mútua lealdade.
Agora sobre o Congresso propriamente dito, pondo de parte os Jardins e outros cromos que mesmo querendo, não conseguem passar de arruaceiros ou números de revista, adorei ver todos os “mais ou menos notáveis” a fazer de conta que gostam imenso uns dos outros, encenando aquela espécie de “valsa palaciana”, quando todos sabemos que a dança que lhes vai bem é a “quadrilha”... o que nos leva até este vídeo, com uma ilustração de um pequeno poema de Carlos Drummond de Andrade e que termina com uma curta animação musical a cargo do Chico Buarque... muito a propósito.
“Quadrilha” – C. Drummond de Andrade e Chico Buarque
(Carlos Drummond de Andrade/Chico Buarque)
sábado, 13 de março de 2010
E aquela do «Money for the boys» do ministro dos Santos?
Antes de mais quero esclarecer que considero os autarcas, de entre todos os políticos no “activo”, aqueles que são humanamente mais interessantes. A partir do número dois ou três das listas, quase só se vêem pessoas a quem o que falta, por vezes, em preparação política teórica, sobra em boa vontade, em desejo sincero de trabalhar pelas suas terras e pelos seus conterrâneos. É um fenómeno que movimenta milhares de portugueses por todo o país, uma realidade que tem feito milagres pelo espírito de participação democrática dos cidadãos. Mesmo entre os cabeças de lista, Presidentes de Municípios ou de Juntas de Freguesia, apesar de praticamente só serem notícia as “maçãs podres”, a verdade é que a esmagadora maioria é gente boa.
Tentar repor algum do financiamento que tinha sido sub-repticiamente retirado ao poder local, aumentando as verbas para pagamentos aos autarcas das Juntas é de toda a justiça, para além de ser uma ninharia, por comparação com os desperdícios, gastos sumptuários (e outros ainda mais injustificáveis) feitos pelo Governo...
Neste contexto, a classificação desta verba como «money for the boys», zurrada em pleno Parlamento por este ministro das finanças, que de quando em vez, gosta de se armar em arruaceiro, é profundamente ofensiva para os autarcas e para o poder autárquico democrático.
É um insulto gratuito, feito a mulheres e homens eleitos pelos seus pares, por um tecnocrata que - pelo menos para ministro - não foi eleito por ninguém.
Quando assisti ao triste episódio, mesmo assim ainda pensei que é uma coisa boa (e uma grande sorte para alguns) o bom feitio dos portugueses em geral e dos deputados em particular, no meio dos quais até se encontram alguns autarcas.
Noutros parlamentos que todos temos visto mais do que uma vez, esta cena teria provocado uma “remodelação”... não direi do Governo, mas pelo menos, da cara do Ministro.
Tentar repor algum do financiamento que tinha sido sub-repticiamente retirado ao poder local, aumentando as verbas para pagamentos aos autarcas das Juntas é de toda a justiça, para além de ser uma ninharia, por comparação com os desperdícios, gastos sumptuários (e outros ainda mais injustificáveis) feitos pelo Governo...
Neste contexto, a classificação desta verba como «money for the boys», zurrada em pleno Parlamento por este ministro das finanças, que de quando em vez, gosta de se armar em arruaceiro, é profundamente ofensiva para os autarcas e para o poder autárquico democrático.
É um insulto gratuito, feito a mulheres e homens eleitos pelos seus pares, por um tecnocrata que - pelo menos para ministro - não foi eleito por ninguém.
Quando assisti ao triste episódio, mesmo assim ainda pensei que é uma coisa boa (e uma grande sorte para alguns) o bom feitio dos portugueses em geral e dos deputados em particular, no meio dos quais até se encontram alguns autarcas.
Noutros parlamentos que todos temos visto mais do que uma vez, esta cena teria provocado uma “remodelação”... não direi do Governo, mas pelo menos, da cara do Ministro.
terça-feira, 9 de março de 2010
E desta coisa do PEC, você percebe alguma coisa?
Aí temos o PEC - famoso Programa de Estabilidade e Crescimento, versão socretina.
Confesso que não ouvi nada do que Sócrates tinha para dizer ao País, porque, para o mal e para o bem, deixei definitivamente de acreditar numa palavra que seja dita por ele, mesmo arriscando que o homem um dia destes se descuide… e diga uma verdade. Felizmente, não faltam pessoas habilitadas para dissecar todas as medidas que fazem parte do projecto.
Para mim, que entendo tanto de finanças como consta que Cristo entendia, aquilo parece-me mais um saco de aldrabices, cheio de reais aumentos de sacrifícios para os portugueses, sobretudo, para aqueles que vivem dos seus salários ou reformas, a somar aos sacrifícios que já faziam. Parece-me a capitulação de um governo alinhado com os interesses do grande capital e de cócoras perante as exigências dos países europeus mais poderosos.
Os do costume safam-se como é costume. Enquanto os grandes grupos económicos, ancorados na banca, que em alguns casos usam a seu bel-prazer, têm milhões e milhões de lucros, lucros esses que nunca deixaram de ter mesmo no pico da crise, as micro, pequenas e médias empresas, que garantem a esmagadora maioria dos postos de trabalho e do que ainda por cá se produz, são sufocadas pela concorrência desleal e implacável desses gigantes económicos e pelo garrote imposto por essa banca. Enquanto se destrói o tecido produtivo nacional, grandes “empresários” fazem milhões na venda a retalho de produtos importados.
Como disse, nada sei de finanças. Daí não conseguir entender porque raio é que 2013 é uma data sagrada para se conseguir essa ficção dos 3% de défice. Primeiro e porque esmagar os trabalhadores não vai ser suficiente, só chegarão a esse número "mágico" neste tão curto espaço de tempo, “martelando” as contas, escondendo despesas, cortando investimento público necessário, inventando receitas extraordinárias até já não sobrar nada para privatizar e vender aos amigos, alguns dos quais pedirão à banca pública o dinheiro que precisarem para comprar bens e empresas que ainda estão nas mãos do Estado... como já tem acontecido.
Não sabendo nada de finanças, acabei por me fixar num pormenor que não dará ao Ministro Teixeira dos Santos o Nobel da Economia, mas, quem sabe... o da Física, ou mesmo o da Pouca Vergonha na Cara. É que, mesmo sabendo nós que o facto de a água aumentar de volume quando é congelada é uma excepção, o nosso ministro consegue ainda assim duas proezas de monta que nunca tinham sido vistas, pelo menos feitas com dinheiro:
1. Congela os salários dos trabalhadores da Função Pública... e estes ficam mais pequenos.
2. Embora afirmando que até 2013 as possíveis actualizações dos salários serão feitas abaixo dos valores da inflação, mesmo assim chama a isso “aumentos salariais”.
Como digo, isto deve ser “material” para Nobel... mas de quê?...
Confesso que não ouvi nada do que Sócrates tinha para dizer ao País, porque, para o mal e para o bem, deixei definitivamente de acreditar numa palavra que seja dita por ele, mesmo arriscando que o homem um dia destes se descuide… e diga uma verdade. Felizmente, não faltam pessoas habilitadas para dissecar todas as medidas que fazem parte do projecto.
Para mim, que entendo tanto de finanças como consta que Cristo entendia, aquilo parece-me mais um saco de aldrabices, cheio de reais aumentos de sacrifícios para os portugueses, sobretudo, para aqueles que vivem dos seus salários ou reformas, a somar aos sacrifícios que já faziam. Parece-me a capitulação de um governo alinhado com os interesses do grande capital e de cócoras perante as exigências dos países europeus mais poderosos.
Os do costume safam-se como é costume. Enquanto os grandes grupos económicos, ancorados na banca, que em alguns casos usam a seu bel-prazer, têm milhões e milhões de lucros, lucros esses que nunca deixaram de ter mesmo no pico da crise, as micro, pequenas e médias empresas, que garantem a esmagadora maioria dos postos de trabalho e do que ainda por cá se produz, são sufocadas pela concorrência desleal e implacável desses gigantes económicos e pelo garrote imposto por essa banca. Enquanto se destrói o tecido produtivo nacional, grandes “empresários” fazem milhões na venda a retalho de produtos importados.
Como disse, nada sei de finanças. Daí não conseguir entender porque raio é que 2013 é uma data sagrada para se conseguir essa ficção dos 3% de défice. Primeiro e porque esmagar os trabalhadores não vai ser suficiente, só chegarão a esse número "mágico" neste tão curto espaço de tempo, “martelando” as contas, escondendo despesas, cortando investimento público necessário, inventando receitas extraordinárias até já não sobrar nada para privatizar e vender aos amigos, alguns dos quais pedirão à banca pública o dinheiro que precisarem para comprar bens e empresas que ainda estão nas mãos do Estado... como já tem acontecido.
Não sabendo nada de finanças, acabei por me fixar num pormenor que não dará ao Ministro Teixeira dos Santos o Nobel da Economia, mas, quem sabe... o da Física, ou mesmo o da Pouca Vergonha na Cara. É que, mesmo sabendo nós que o facto de a água aumentar de volume quando é congelada é uma excepção, o nosso ministro consegue ainda assim duas proezas de monta que nunca tinham sido vistas, pelo menos feitas com dinheiro:
1. Congela os salários dos trabalhadores da Função Pública... e estes ficam mais pequenos.
2. Embora afirmando que até 2013 as possíveis actualizações dos salários serão feitas abaixo dos valores da inflação, mesmo assim chama a isso “aumentos salariais”.
Como digo, isto deve ser “material” para Nobel... mas de quê?...
segunda-feira, 8 de março de 2010
Tenham coragem! Sejam justos! Respeitem o trabalho dos verdadeiros profissionais!
Um tri-campeão que nunca conseguiu menos que os oitavos de final da Champions e que vê a sua equipa, todos os anos, amputada das pedras mais valiosas, merecia um pouco mais de respeito.
Não digo dos adeptos dos outros clubes - após 3 anos de olímpico deserto, têm todas as razões para o quererem ver ao longe.
Mas, francamente, não deixa de ser triste ver tanto portista cair na tentação populista ou, pior, na desmemória de Del Neris, Octávios, Couceiros, Fenrnandez e CoDriaanses (eu sei, é triste mas o Mourinho não volta). Gostam de boas conferências de imprensa? Consolem-se com o Quique no youtube...)
Muito bem. Demos de barato que o Benfica está melhor - esqueçamos até que está fora da Taça de Portugal, que beneficia da contenção de esforço de quem se pôde passear pela Liga Europa, esqueçamos ainda que tem contado com inefável apoio de Ricardo Costa na fragilização cirúrgica de Porto e Braga - o castigo de Vandinho é uma pulhice sem nome).
Mas, ponderemos!
Este ano o Benfica investiu 33,2 milhões de euros enquanto que o Porto teve franco saldo positivo às custas - pagas, claro, por Jesualdo - das saídas de Cissoko, Lisandro e Lucho. Perante isto, caros portistas, tenham juizinho e façam o favor de não sonegar, do alto da vossa ingratidão, o mérito a quem já tanto vos deu. Da minha parte, aconteça o que acontecer este ano, Jesualdo continua a ser o meu treinador.
Não digo dos adeptos dos outros clubes - após 3 anos de olímpico deserto, têm todas as razões para o quererem ver ao longe.
Mas, francamente, não deixa de ser triste ver tanto portista cair na tentação populista ou, pior, na desmemória de Del Neris, Octávios, Couceiros, Fenrnandez e CoDriaanses (eu sei, é triste mas o Mourinho não volta). Gostam de boas conferências de imprensa? Consolem-se com o Quique no youtube...)
Muito bem. Demos de barato que o Benfica está melhor - esqueçamos até que está fora da Taça de Portugal, que beneficia da contenção de esforço de quem se pôde passear pela Liga Europa, esqueçamos ainda que tem contado com inefável apoio de Ricardo Costa na fragilização cirúrgica de Porto e Braga - o castigo de Vandinho é uma pulhice sem nome).
Mas, ponderemos!
Este ano o Benfica investiu 33,2 milhões de euros enquanto que o Porto teve franco saldo positivo às custas - pagas, claro, por Jesualdo - das saídas de Cissoko, Lisandro e Lucho. Perante isto, caros portistas, tenham juizinho e façam o favor de não sonegar, do alto da vossa ingratidão, o mérito a quem já tanto vos deu. Da minha parte, aconteça o que acontecer este ano, Jesualdo continua a ser o meu treinador.
domingo, 7 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
A razão do Alberto João.
Aos jornalistas que têm na sua folha de pagamentos, Alberto João Jardim costuma dirigir-se com a soberba com que os velhos senhores da terra se dirigiam aos mais pobres dos seus labregos. Aos outros jornalistas, aqueles que pressente poder não controlar, reage como um animal acossado, sempre pronto a soltar mais um insulto... a arma mais poderosa que a sua “córagem” lhe permite usar contra aqueles que não dependem do seu poderzinho regional mas absoluto.
É assim que se explica o eriçar de pelos do cachaço, sempre que, por estes dias, alguém ousou tocar no assunto do ordenamento do território, ou do melhor ou pior acerto do planeamento, estudo, localização e execução desta ou daquela obra.
A indiscutível normalidade do facto de os seres humanos cometerem erros, nomeadamente contra a Natureza, erros que, no próximo acidente natural que ocorra acabam por amplificar os resultados normais desses acidentes, constitui para ele uma ofensa.
A indiscutível normalidade do facto de a maioria dos seres humanos que erram, reflectirem e aprenderem com esses erros, corrigindo-os sempre que a oportunidade se apresentar, é um conceito que lhe é completamente alheio.
Só assim se explica que esteja convencido de que fez tudo bem e decidido a reconstruir tudo como era, que anuncie «aqui vai ser um novo túnel», ou «aqui vai-se abrir uma nova estrada»... tendo como único estudo para apoiar essas decisões o facto de ter apontado o dedo “para lá” à frente das câmaras das televisões.
Numa reportagem televisiva foi convidado (em tom elogioso) a explicar o grande avanço dos trabalhos de “lavagem de cara” do Funchal. Quando podia ter justificado a prioridade que foi dada ao bem estar dos turistas sobre tudo o resto, quando podia ter aproveitado para fazer o elogio certo aos portugueses da Madeira, falando, por exemplo, da sua coragem, abnegação, força de trabalho, solidariedade e, em muitos casos empenho para lá do “estrito dever”, como é o caso dos trabalhadores autárquicos e outros funcionários e voluntários, que há vários dias se entregam ao trabalho praticamente sem parar, quando podia ter feito isto, como dizia, desgraçadamente, deixou escapar das traseiras do córtex cerebral onde deve ter armazenadas estas velhas “informações” caudilho-fascistas, um lacónico e arrogante: «O povo da Madeira é um povo superior!»
Não é! O povo português, incluindo o da Madeira, não é um povo superior. O povo português, incluindo o da Madeira, é tudo o que já escrevi atrás e mais o que a minha pouca arte não sabe contar, mas... na verdade nenhum povo é superior.
Há, infelizmente, povos que em períodos da sua História são dirigidos e “representados” por dirigentes inferiores... e desses sim, conhecemos muitos!
Como se não bastasse, impelido pelo vento de glória fácil que a desgraça dos outros, aliada ao seu abjecto populismo e demagogia lhe trará, já está disposto a repensar a sua permanência no governo por mais uns tempos para além de 2011.
Num terramoto, isto seria o equivalente a uma violenta “réplica”.
É assim que se explica o eriçar de pelos do cachaço, sempre que, por estes dias, alguém ousou tocar no assunto do ordenamento do território, ou do melhor ou pior acerto do planeamento, estudo, localização e execução desta ou daquela obra.
A indiscutível normalidade do facto de os seres humanos cometerem erros, nomeadamente contra a Natureza, erros que, no próximo acidente natural que ocorra acabam por amplificar os resultados normais desses acidentes, constitui para ele uma ofensa.
A indiscutível normalidade do facto de a maioria dos seres humanos que erram, reflectirem e aprenderem com esses erros, corrigindo-os sempre que a oportunidade se apresentar, é um conceito que lhe é completamente alheio.
Só assim se explica que esteja convencido de que fez tudo bem e decidido a reconstruir tudo como era, que anuncie «aqui vai ser um novo túnel», ou «aqui vai-se abrir uma nova estrada»... tendo como único estudo para apoiar essas decisões o facto de ter apontado o dedo “para lá” à frente das câmaras das televisões.
Numa reportagem televisiva foi convidado (em tom elogioso) a explicar o grande avanço dos trabalhos de “lavagem de cara” do Funchal. Quando podia ter justificado a prioridade que foi dada ao bem estar dos turistas sobre tudo o resto, quando podia ter aproveitado para fazer o elogio certo aos portugueses da Madeira, falando, por exemplo, da sua coragem, abnegação, força de trabalho, solidariedade e, em muitos casos empenho para lá do “estrito dever”, como é o caso dos trabalhadores autárquicos e outros funcionários e voluntários, que há vários dias se entregam ao trabalho praticamente sem parar, quando podia ter feito isto, como dizia, desgraçadamente, deixou escapar das traseiras do córtex cerebral onde deve ter armazenadas estas velhas “informações” caudilho-fascistas, um lacónico e arrogante: «O povo da Madeira é um povo superior!»
Não é! O povo português, incluindo o da Madeira, não é um povo superior. O povo português, incluindo o da Madeira, é tudo o que já escrevi atrás e mais o que a minha pouca arte não sabe contar, mas... na verdade nenhum povo é superior.
Há, infelizmente, povos que em períodos da sua História são dirigidos e “representados” por dirigentes inferiores... e desses sim, conhecemos muitos!
Como se não bastasse, impelido pelo vento de glória fácil que a desgraça dos outros, aliada ao seu abjecto populismo e demagogia lhe trará, já está disposto a repensar a sua permanência no governo por mais uns tempos para além de 2011.
Num terramoto, isto seria o equivalente a uma violenta “réplica”.
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