quinta-feira, 30 de julho de 2009

Candidatos esperados, candidatos inesperados…

Começam a aparecer listas de candidatos aos vários órgãos autárquicos de Matosinhos.
Para a Câmara, são conhecidos os cabeças de lista, que serão, em princípio, os mais votados.
Para as freguesias, são conhecidos alguns cabeças de lista de partidos ou coligações.
Uns, já esperados; outros completamente inesperados.
As freguesias são dez. Como a cada freguesia concorrem várias listas, são muitos os indigitados; certo é que serão poucos os escolhidos.
Todavia, não obstante a proximidade do acto eleitoral, mais de metade dos nomes são ainda desconhecidos.
Talvez, o estimado leitor conheça alguns nomes que possa partilhar, avançando desde já com a sua revelação.

Dicas para comentário:

a) Conhece bem o “seu” candidato?

b) Acha acertada a escolha?

c) Acredita na vitória? Considera-o capaz de cumprir o programa que irá apresentar publicamente?

Veja aqui se tem perfil para Director financeiro...

Miranda, Pinto e Aguiar – sugestivo nome para uma fábrica de água morna – são três bons amigos que todos os dias almoçam juntos, à razão de 10 euros por cabeça.
Há dias, o dono do restaurante, o senhor Amável, ao receber os 30 euros do dia, disse à empregada:
- «Como vou encerrar para férias, e atendendo a que são clientes fiéis, vou fazer um desconto de 5 euros; fique com 2 euros para si, e devolva um euro a cada um dos senhores daquela mesa».
A empregada assim fez: entregou 1 euro a cada senhor.
Depois, fez as contas: cada um pagou 9 euros; multiplicou por 3, e viu que dava 27 euros; ficou com 2; somou a este valor os 27 e verificou o resultado: 29 euros. Se eram 30, falta um.

Pergunta-se:

a) Para onde foi o euro em falta nesta conta?

b) Entrou directamente nos cofres públicos?


c) Regressou à caixa do Sr. Amável?

O povo unido jamais será vencido?

Temo-lo visto em campanha.
Leitor, se tens, como eu, esperança e sincera fé no sistema representativo, perdoa-me o obrigar-te a assistir a cenas que faz subir a cor do rosto de quem, como nós, abençoa os sacrifícios por cujo preço sucessivas gerações compraram a nobre regalia de intervir, como povo, na governação do Estado.
Estas cenas, porém, humilhantes como são, não envolvem a mínima censura à excelência do sistema; mas apenas aos que nos trinta e cinco anos que têm de vida entre nós não souberam ou não quiseram explicar ao povo a grandeza da augusta missão que lhe cabe executar, votando!

Tendes visto um guardador de cabras à frente do seu rebanho, conduzindo com acenos e assobios todas as barbudas cabeças daquele regimento quadrúpede? Pois viste o mais perfeito símile de algumas cenas que tenho presenciado.
O povo, o povo soberano, que tem nas mãos o ceptro da sua soberania, não é menos dócil do que os irracionais que recordamos.
Quando mais deve mostrar-se orgulhoso, é quando mais se humilha; quando mais pode dispor dos destinos dos seus senhores é quando mais verga a cabeça sob o peso que estes lhe assentam.
Não é semelhante esta força inconsciente do povo à do boi, robusto e válido, que uma criança dirige e subjuga? Forte como ele, como ele dócil, como ele laborioso, como ele útil, não vê que a mesma força que emprega no trabalho lhe poderia servir para repelir o jugo?
À frente ia o chefe. Atrás vinham os seus seguidores, velhos e moços, ricos e pobres, mas todos com o olhar tímido e estúpido, todos com movimentos enleados, todos com os olhos no caudilho, para saber o que deviam fazer; se ele parava a cumprimentar um amigo, paravam todos com ele; a direcção que tomava tomavam-na todos a um tempo; apressavam ou demoravam o passo, segundo a velocidade que ele dava aos seus; se ria, sorriam; se praguejava, tudo ficava sério.
Inocente povo!
Querem-te assim os ambiciosos, a quem serves de cómodo degrau!

Dicas para comentário:

Viu cenas destas no passado? E, no presente?

Acha que em Matosinhos também é assim? Em caso afirmativo, quem lhe lembra esta cena?

Aconteceu nos Passos Perdidos...

Consta que Francisco Louçã terá feito a Sócrates a seguinte observação:
- «Senhor primeiro-ministro, o desemprego é de tal modo elevado que até jovens licenciadas se vêm na contingência de serem prostitutas para levar a vida».
- «Lá está o senhor doutor sempre a inverter as coisas; não é nada disso: as prostitutas de hoje é que já têm cursos superiores».

Quem tem razão, em sua opinião?

a) Sócrates?
b) Louça?
c) Ambos?
d) Nenhum?



E, já agora…

Que pensa você dos autarcas que enriqueceram à custa do erário
público?

a) Acha bem?
b) Acha mal?
c) Se pudesse fazia o mesmo?
d) Há disto em Matosinhos?

Mar de Matosinhos - A verdade a que temos direito

Proclamação de princípios


Nada nos move contra quem aqui trazemos.
Tudo nos move contra o que, de mal, estes, possam trazer à comunidade.
No poder local. No poder central.
Seremos implacáveis na denúncia dos actos públicos que visem promoção individual, em detrimento dos interesses colectivos.
Denunciamo-los, comentamo-los e abrimos esta janela aos interessados.
Mas, com condições.
Denúncias, desde que de credibilidade assegurada.
Comentários, desde que não recorram à calúnia ou ao insulto.
Ataques pessoais ou devassas à privacidade serão obviamente removidos.
Não somos donos da verdade absoluta.
Nem temos a veleidade efectuar julgamentos pessoais.
Não avaliamos pessoas.
Contemplaremos somente a acção desenvolvida por algumas, enquanto agentes do poder instituído. Ou assumido!


Mar de Matosinhos